19 November 2005
Greve
Os professores estiveram em greve. Durante muitos anos, aderi sistematicamente às greves. Porque eram também minhas as razões da greve e por dever de solidariedade para com o meu sindicato. Ambas as razões.
Hoje, porém, não fiz greve. Também por duas razões. Por não me sentir parte viva do modo como os professores estão a reagir à situação que lhes foi criada e por não sentir que vá na boa direcção as lutas dos sindicatos.
Já o disse muitas vezes: penso que a situação nas escolas vai muito mal, que tem de haver um grande descontentamento com o que são e fazem as nossas escolas. Mas não vejo que a direcção da resposta dos professores e dos seus sindicatos vão na boa direcção. Creio mesmo que estamos a acentuar os problemas pelos quais teremos de responder mais tarde com um preço ainda mais elevado. Eu considero que a maior asneira que alguém pode fazer é trabalhar contra si, contra os seus interesses. E sinto que é isso que vimos a fazer. Há muito tempo. Assim, não haverá melhoras.
A minha não adesão pode ter sido lida como um apoio ao Governo e à Ministra. Pode e é uma leitura legítima. Mas é pobre, muito pobre. E serve apenas para que as coisas continuem na mesma, no caminho errado. E a Ministra, esta ou outra(o), continuará a ter força para fazer aquilo para que se sentir com as costas quentes.
Hoje, porém, não fiz greve. Também por duas razões. Por não me sentir parte viva do modo como os professores estão a reagir à situação que lhes foi criada e por não sentir que vá na boa direcção as lutas dos sindicatos.
Já o disse muitas vezes: penso que a situação nas escolas vai muito mal, que tem de haver um grande descontentamento com o que são e fazem as nossas escolas. Mas não vejo que a direcção da resposta dos professores e dos seus sindicatos vão na boa direcção. Creio mesmo que estamos a acentuar os problemas pelos quais teremos de responder mais tarde com um preço ainda mais elevado. Eu considero que a maior asneira que alguém pode fazer é trabalhar contra si, contra os seus interesses. E sinto que é isso que vimos a fazer. Há muito tempo. Assim, não haverá melhoras.
A minha não adesão pode ter sido lida como um apoio ao Governo e à Ministra. Pode e é uma leitura legítima. Mas é pobre, muito pobre. E serve apenas para que as coisas continuem na mesma, no caminho errado. E a Ministra, esta ou outra(o), continuará a ter força para fazer aquilo para que se sentir com as costas quentes.