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02 November 2005

 

Críticos

(Nota prévia: eu disse alguns, não disse todos. Não vou confirmar, mas tenho a certeza de que tive esse cuidado.)

Os meus textos, ou as minhas acções, são, é claro, susceptíveis de serem criticados. E criticados por qualquer um, seja do PSD ou do PS, do BE ou do CDS, da CDU ou de partido nenhum. Que fique bem claro.
O que os meus textos ou as minhas acções, como de quaisquer outros autores ou actores, não devem é ser objecto de agressões à inteligência. Leia-se: à inteligência de quem lê e de quem comenta.
Sou um claro defensor da inteligência do meio social. Quero e exijo, antes de mais de mim, que o nosso (pequeno) meio pratique a inteligência e recuse a não inteligência. Por isso, folgo em vê-la em exercício onde quer que ela esteja. E exijo, como cidadão, por exemplo que cada um dos partidos, porque têm ambição de nos governar, sejam estufas de inteligência, canteiros onde deviam estar dos nossos melhores nos vários domínios.

E sei, de ciência tão certa quanto possível, que uma sociedade só poder ser e crescer saudável com esse exercício da inteligência no espaço público e nas coisas públicas.

Lembro-me de uma sessão do PSD Abrantes sobre, salvo erro, o Plano de Urbanização de Abrantes. Foi uma sessão de crítica à Câmara de Abrantes. Mas foi uma boa sessão. Bem organizada, bem dirigida, com substância substância crítica. Portanto, inteligente. (Até no silêncio distanciado sobre uma das intervenções.) No final, porque o senti, fui dar os parabéns ao Pedro Marques pela boa sessão. Nada de mais da minha parte; um bom serviço da parte do PSD Abrantes.

Quem quiser ler-me como porta-voz do PS pode fazê-lo. Mas creio que está aver-me com os óculos embaciados.

Portanto, os meus críticos têm o mesmo direito de cidadania que eu. Aliás, têm o dever. Mas, entre outros, o dever de servir a verdade, a inteligência, a qualidade do espaço público, e o dever de se respeitarem a si mesmos, e, digo-o sem medo, de me respeitarem na minha dignidade pessoal.

Mas há uma coisa que, mais uma vez me foi mostrado aqui. Devo ser recatado na palavra sobre política abrantina, porque a minha palavra tende sempre a ser ouvida não naquilo que diz mas como palavra do marido ou do amigo de não sei quem. Pessoalmente, penso que Abrantes podia ganhar alguma coisa com a minha intervenção. Sei que para mim seria mais difícil falar que o silêncio que procuro manter. E porquê? Porque se a minha palavra podia ser útil, as confusões que dela surgiriam iam servir mais para tapar do que para desvelar. E o que interessa é que sejamos todos mais esclarecidos e são agredidos por um ruído ensurdecedor. Isto é o que eu penso, embora sem garantias de que esteja correcto.

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