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30 October 2005

 

Político, eu?

Político, eu?
A resposta é sim. É claro que sim. Político, mas não partidário.
Há muitos anos, era Humberto Lopes Vereador da Cultura na Câmara de Abrantes, fazia eu parte de uma equipa que trabalhava para quase todas as Câmara do distrito. Recordo uma reunião em que um vereador, não sei já de que Câmara, disse algo como "Vocês não queiram fazer política." Ao que eu respondi: "Não, nós fazemos política, tal como cada um dos autarcas presentes. Só que não a fazemos num lugar da administração, nem no quadro de um partido. Mas nós como vós trabalhamos para que seja melhor a sociedade em que vivemos." E é justamente isso a política, o trabalho na e pela polis, ou seja, na e pela sociedade organizada.
Não há como sair daqui. Os meus textos são todos, por isso, de carácter político, são e querem ser contribuições para o espaço público desta nossa sociedade abrantina, são um esforço para que este espaço público seja mais informado, mais esclarecido, mais inteligente. E onde todos tenham lugar, se a ele tiverem direito: todas as pessoas, todas as organizações, todos os partidos. Mas isso não significa que todos tenham ou devam ter o mesmo lugar. E que as acções todas devam ser reconhecidas com o mesmo valor. Não. De modo nenhum. E eu procuro exactamente combater essa indistinção criminosa, logo em si mesma criminosa. Porque é ela que nos impede de distinguir... sim, o bem do mal, embora bem e mal não tenham uma definição unívoca e absoluta.
Pois, eu sabia que a minha entrada sobre as autárquicas não ia recolher unanimidade. Mas alguém podia pensar isso? Aliás, era exactamente para que não pudesse haver nem unanimidade nem silêncio sobre isso.

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