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30 October 2005

 

Declaração política

Não pertenço nem nunca pertenci a qualquer partido. Mas não faço disso gala, muito menos motivo de superioridade sobre os que pertencem. Pode acontecer o contrário, de que alguns me acusam: que a minha não pertença seja sobretudo incapacidade de assumir responsabilidades e de estar onde se faz a luta por uma sociedade melhor. Eu não subscrevo uma tal crítica, porque não reduzo a acção social nem sequer a política à política partidária.
Não há nenhum partido que me seja indiferente. Da acção de todos e cada um deles vem o bem e o mal da nossa sociedade. Nesse sentido, cada um deles é um "meu" partido.
Repito: o bem e o mal. Nenhum partido faz só bem e nenhum faz só mal. Nenhuma política é perfeita, portanto todas são criticáveis.
Também não me sinto nem penso equidistante de todos os partidos. A verdade e o bem nunca estão num único lugar, mas também nunca estão uniformemente distribuídos.
Também não mantenho a mesma distância relativamente a cada uma das áreas ou proposta de um qualquer partido. Em todos os partidos há aspectos que me são simpáticos e outros que me merecem condenação. Assim, cada partido é e não é um "meu" partido.
Cada partido tem uma cultura. E uma cultura, disse-o tantas vezes, é uma construção social para resolver problemas. A cultura de um partido tem de sujeitar-se a um duplo exame: sobre a sua capacidade para resolver os problemas do partido e sobre a sua capacidade para resolver os problemas da sociedade que deve servir. E neste segundo aspecto, não é apenas nem sobretudo ao partido que cabe esse exame e esse julgamento.

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