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15 September 2005

 

Eu no jornalismo - 2

Entretanto, já não sei se antes se depois, fiz parte de uma equipa que foi chamada a fazer o Nova Aliança. Posso dizer que já estava eu, mais ou menos, à frente do grupo. Foi um bom trabalho, mas fui posto fora, porque não gostavam do que fazíamos.
Mais tarde, João Marques foi despedido do Jornal de Abrantes. Com a indemnização, pensou criar um jornal onde pudesse ganhar a sua vida. Foi convidada uma equipa para fazer o Notícias de Abrantes, em 1980. Éramos quatro e tínhamos de produzir um jornal todas as semanas. E um jornal que fez mexer as águas do jornalismo em Abrantes. Saí quando fui para Portalegre fazer o estágio profissional. Entretanto, fui colaborando com textos de ocasião. Até, embora menos, quando fui vereador, de 83 a 85.
Em 1988, porque não havia quem, passei a ser correspondente de O Ribatejo, em Abrantes. Por pouco tempo, se não me engano.
Em 1992, a velha equipa de que participei no Nova Aliança, foi chamada pelo P. José da Graça. Ou aceitam dirigir o jornal ou ele acaba. Não podíamos "matar" um jornal. Aceitámos com uma condição: um de nós seria o director. Ou confiam em nós, ou não. Aceite a condição, a equipa escolheu-me e, assim, fui director pela primeira vez. no Nova Aliança.
O Primeira Linha veio em 1997 agitar de novo o panorama informativo em Abrantes. Desde o primeiro número e durante mais de sete anos, assinei uma crónica semanal. Até que me senti no dever de sair.
De imediato, e de modo imprevisível, o Gazeta do Tejo quer renascer e fui convidado para director. Seria um projecto inovador. E foi-o. Ao fim de sete edições, como se sabe, dei por findo o meu trabalho directivo.
Entretanto, tinha criado um pequeno jornal fotocopiado, Já Agora!, em Portalegre, no início dos anos 70. E tinha participado numa aventura de pré-rádio: um programa em fita gravada que era posto em audição colectiva. (Devia ser horrível.) Mais tarde viria a ter, com o Eduardo Campos, um programa na RAL, Disto e Daquilo. Nos últimos tempos, desde o seu reaparecimento como Antena Livre, tenho sido, por períodos, comentador semanal.
Para trás ficaram a criação de duas revistas de História Local, Abrantes – Cadernos para a História do Município, de que fui director do único número, e Zahara, de que não quis ser director e ficou muito melhor entregue.
E, em mais de 35 anos, como quase todos, excepto os profissionais dos últimos tempos, nunca ganhei nem sequer para os gastos de gasolina, que nestas coisas nunca são poucos.
Peço desculpa da minha falta de falsa modéstia. Mas tenho ou não razão para dizer que o meu nome faz parte da História do Jornalismo em Abrantes 35 anos?

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