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07 August 2005

 

- É hoje, é hoje

É dia de voltar. Tinha decidido fazê-lo a 7 do mês passado, mas não consegui.
É evidente que a minha ausência tem um motivo simples. Mas as razões são várias.
O convite, e depois a aceitação, para dirigir o jornal Gazeta do Tejo foi um terramoto que transformou toda a minha vida. Esse foi o motivo.
As razões prendem-se com ele, mas não se confundem. Desde logo, a falta de tempo. O dia é limitado. Mas a cabeça também, não dá para pensar em tudo. Isso quebra ritmos, e coloca novas exigências ao restante. Quando talvez houvesse tempo disponível, não havia disposição interior, ou havia que estar com a família em vez de ir para o computador.
Mas também deixei de saber o que podia e não podia escrever aqui. Quando se dirige um jornal, tem-se outras responsabilidades. Informação? Tem de ser dada no jornal, não posso trazê-la para aqui. Opinião? Como falar aqui do que não digo lá? E que efeitos tem, em termos de jornal, o que eu possa dizer aqui? Passei a não dispor da gramática de leitura do que eu aqui escrevesse. Até porque eu também não dominava inteiramente o que estava afazer no jornal. "O caminho faz-se caminhando". Era a sério.
Não menos importante, se não mesmo o mais importante... Que sentido fazia continuar com este blogue? Que importância tinha dar-lhe continuidade? É verdade que vários amigos me puxaram as orelhas pela minha ausência. Talvez lhes fizesse alguma falta. Ou é presunção minha? Mas isso não é suficiente. Procuro fazer coisas que eu penso que são importantes. A vida é curta demais para fazermos coisas sem sentido. Enquanto eu não visse um sentido que justificasse o tempo e a energia que isto leva, não saberia voltar aqui. Só por fazer, não vale a pena.
Quando iniciei os três blogues, era claro, para mim, o que eles iriam ser. E a valor ou a importância que poderiam ter. Se sim ou não, logo se veria. Aliás, este era, para mim, o último em importância. Mas foi o que dominou. O outro, sobre educação, nem chegou a ser conhecido; e o dedicado à filosofia, nem chegou verdadeiramente, a ser começado.
Hoje, regresso. Penso que encontrei o fio à meada, como se diz em linguagem popular. Algo que valha a pena. Se vale, a ver vamos.
Portanto, aviso à navegação. O barco está lançado à água.
(Alguém acredita que já não sei o código de acesso à edição no blogue? Tenho de, por tentativas, ver se é...)

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