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23 August 2005

 

As minhas razões, as tuas

Não sei porquê, mas é verdade. Tenho alguma dificuldade em fazer compreender aos meus alunos algo que me parece simples. E é. Porque. Lá chegados, também se lhes torna simples e evidente. Mas parece que vai contra o senso comum. Assim.
Cada um move-se pelas suas razões, não pelas minhas.
Até aqui, tudo bem. Parece fácil. Pois há lá alguma dificuldade em perceber que as outras pessoas não se movam pelas minhas razões, mas cada um pelas suas. E o meu leitor ou ouvinte percebe sempre que ainda bem, se move pelas suas razões e não pelas minhas. E quem sou eu para querer que todo o mundo se mova pelas minhas razões?
É fácil de perceber. Portanto, não é aqui que está a dificuldade. Mas é logo aqui ao lado, quando se diz o mesmo mas noutra perspectiva.
Ninguém se move pelas tuas razões, mas pelas suas.
Quem é que está disposto a perceber – e a aceitar, porque este perceber é incorporar em si - sim, quem é que está disposto a perceber e a aceitar que os outros se movam pelas suas razões e não pelas "minhas"? E sentir que assim é que está bem, que felizmente cada um se move pelas suas razões. E, em consequência, disposto a dialogar a um nível de respeito pelas razões dos outros e, se possível, a fazê-lo entender e, oxalá, partilhar as razões.
E perceber que se alguém se porta de um certo modo é porque tem as suas razões para isso.

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