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01 May 2005

 

Transficubação

Uma das mágoa que há muito tempo trago como cidadão costumo dizê-la assim: as nossas escolas não sabem que existe o mundo. Há muitas manifestações disso, mas hoje atenho-me apenas a uma.
Quando é que vimos na cidade reflexos da actividade artística nas nossas escolas? E ambas as escolas secundárias têm cursos no domínio das artes. A mimha filha cursou artes na Escola Solano de Abreu e acontece que fizeram uma exposição de escultura com obras dos alunos... no Porto, sim, no Porto, outra no Gavião, mas nenhuma em Abrantes. Na altura ainda foi lançado o desafio para que expusessem na Contracapa, mas sem sucesso.
Mas «a Terra move-se». E justamente por isso não quero deixar passar despercebida a iniciativa do 11º E da Escola Solano de Abreu, com o seu professor Luís Reis, que apresentou nas Biblioteca António Botto a exposição Transficubação. Não falo da exposição em si. Para mim, de momento, o mais importante é que sairam da escola, vieram ao mundo, consideraram-nos importantes a ponto de nos oferecerem o produto do seu trabalho, assumiram a sua responsabilidade de participar na construção da nossa cidade comum, fizeram da arte ponto de diálogo entre nós, desafiaram os nossos olhos habituados às formas rotineiras... Obrigado.
E, melhor ainda, muito melhor, não só estiveram na António Botto como estão a fazer uma "digressão" plástica pelo mundo à nossa volta. Muito obrigado.
Ao professor Luís Reis e aos seus alunos (agora inverto a ordem), parabéns pela inicitiva. E que se é verdade que «ela move-se», que não se mova para trás, e esta seja a partida de um ponto de não retorno.

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