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10 May 2005

 

A terra

O jardim Actor Taborda parece estar a ficar pronto. Não tenho ainda uma apreciação global, mas um olhar de relance fez-me saltar algumas reflexões.
E a terra? Não me refiro à Terra como planeta, mas à terra, ao chão de terra, à terra suja.
Sabemos que as crianças precisam de terra, de mexer na terra, de se sujarem na terra e na lama. Mas cada vez menos isso é possível. Porque cada vez menos há terra onde mexer.
Andei na escola nos Quinxosos. O largo era de terra e de terra era também o páteo da escola. No Inverno jogávamos ao prego e quando chovia brincávamos às barragens. Agora, o largo está urbanizado, alcatroado e calcetado, e o espaço da escola também já não é de terra batida.
Olhos para os parques infantis. Baniram a terra.
Creio que tudo isto é sobretudo porque os pais não querem que as crianças se sujem e, menos ainda, que venham sujar a casa. A casa e a roupa ficam mais limpas... e os filhos menos saudáveis.
Creio que este horror à terra é um sintoma, mas sobretudo um símbolo, de uma sociedade onde... como hei-de dizer? O que facilita a vida é bom, independentemente do preço a pagar por essa facilidade.

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