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18 April 2005

 

Por exemplo, nas TIC

Disse antes que «não é possível ignorar o meu nome ao escrever a história» de vários sectores em Abrantes desde o 25 de Abril. Isso gerou alguma perplexidade em alguns leitores, o que é normal. Mas volto ao tema. E hoje, trago aqui, a título de exemplificação, as TIC - Tecnologias da Informação e Comunicação. E repito:
Não é possível ignorar o meu nome ao escrever, por exemplo, a história das TIC em Abrantes desde o 25 de Abril. Eu explico.
Na minha escola, frequentei talvez o primeiro curso de computadores do concelho, leccionado por Humberto Lopes. Na Câmara, como vereador, trouxe para Abrantes um dos primeiros Centros Inforjovem do país, e ali se deu o primeiro curso aberto ao público, dirigido por Humberto Lopes. Foi ainda pela minha mão que pela primeira vez entrou um computador na Câmara, para mostrar os resultados eleitorais nas autárquicas de 85, com software feito para o efeito por Bruno Lopes e Humberto Lopes.No Centro de Formação de Professores, de que fui o primeiro director, organizei uma boa equipa de formação em informática - Jorge Couceito, Henrique Lima, Nuno Mil-Homens, Adelina Baltazar (espero não esquecer ninguém) - e desenvolvemos uma linha continuada de formação de professores neste domínio que definimos como estratégico. Além disso, criou-se uma sala de computadores na Escola Solano de Abreu, outra na Escola Manuel Fernandes, outra na Escola do Tramagal e ia já a meio uma outra na escola do Gavião. (Entretanto, a nova chefe nacional da formação de professores decidiu «Quem quiser formação em computadores que a pague» e foi uma paragem no projecto.)
Depois, na minha escola, como responsável pela Biblioteca, criei uma sala de computadores, quer para acesso à Internet, quer para utilização comum e sempre mantivemos uma linha de apoio aos alunos utilizadores. Na nova Biblioteca, assegurou-se um lugar e uma função decisiva aos computadores para os alunos e iniciou-se a informatização bibliográfica da Biblioteca, num projecto articulado com a Biblioteca António Botto e com as outras escolas. Num tempo oportuno, eu próprio e outra professora, dirigimos dois cursos de formação de professores sobre a utilização didáctica do CD-Rom (um curso) e da Internet (outro curso).Na Palha de Abrantes e mais concretamente com o Festival do Imaginário, foi criada aquela que foi, sem dúvida, a primeira página web de Abrantes.
Ainda em contexto escolar, várias vezes defendi que «é um crime social deixar sair os alunos com o ensino secundário sem saberem utilizar os computadores». E nas minhas intervenções nos jornais rádios locais repetidamente tenho defendido a importância das novas tecnologias da informação e da comunicação nesta sociedade dita da informação e do conhecimento.
Finalmente, entrei na blogosfera, com este e mais dois blogues, estes últimos ainda à espera de desenvolvimento.
Creio, portanto, e talvez esteja a esquecer-me de alguma coisa, que posso dizer que tive um papel activo no processo de entrada de Abrantes no campo das chamadas TIC. Mas, não me custa nada dizê-lo, porque é verdade, nada fiz se tenha ficado a dever "apenas" a mim e sempre fiz o que fiz "com" outros. E, também o digo com toda a naturalidade, nunca fiz neste domínio nada que seja particularmente relevante, nada portanto que justifique que o meu nome fique para a História como alguém singular ou particularmente significativo. E fiz apenas aquilo que "devia" fazer por estar nos lugares onde estava. Mas fiz o que fiz e sei que isso foi - e continua a ser - importante.

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