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18 April 2005

 

Fazer História

Uma sociedade é sempre um sistema complexo e, por isso, não periódico, portanto um sistema caótico. Ora todo o sistema caótico é «instável em todos os pontos», o que significa que em cada um dos pontos do sistema pode acontecer coisas que alterem o estado do sistema. Pode acontecer e acontece. Tal como acontecem coisas que resistem à inovação e coisas que sustentam um dado estado de coisas.
O que eu quero, entre outras coisas e mais uma vez, dizer é que não podemos estar à espera que uns poucos, em poucos lugares de poder no topo, façam aquilo que todos desejamos e esperamos.
A História é feita em todos e cada um dos lugares sociais. E é em todos e cada um deles que é necessário criar as respostas que fazem falta. A inovação, a criatividade, a iniciativa, a proactividade, o desafio, a projecção para a solução... têm de ser obra multiplicada pelo tecido social.
A História regista uns poucos nomes, daqueles que «se vão da lei da morte libertando», mas ela é feita por todos e cada um, de modo muito especial por aqueles que a fazem avançar a caminho dos novos tempos, que são novos justamente em resultado dessas contribuições disseminadas ao longo de todo o tecido social. Nunca a inovação se pode fazer apenas no topo. Nunca. E os que apenas estão à espera não têm direito a esperar nada. E fazem desesperar os outros.
O que eu digo, afinal, pode dizer-se de dois modos:
- são precisos e preciosos todos os que dão contributos para criar o futuro que desejamos;
- é preciso e precioso um ambiente que estimule e valorize aqueles que fazem o futuro, em vez de, como tantas vezes acontece, um ambiente que trava, desencoraja e castiga aqueles que querem fazer andar as coisas.E é ainda preciso dizer, em acréscimo, que Abrantes não é rica quanto baste em pessoas que fazem andar para a frente, mas tem em abundância pessoas que apenas emperram o que deve andar. Assim não vamos lá.
Pelo menos não vamos lá a tempo. É preciso multiplicar as pessoas que são capazes de fazer história e a fazem.

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