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30 November 2006

 

Que é um país?

Rússia. 261 jornalistas russos mortos nos últimos 10 anos; 132 banqueiros russos assassinados entre 1991 e 2001 (10 anos); 5.000 assassínios ordenados por ano na Rússia. (Público, 25.11.06)
Estados Unidos. Nos EUA, uma em cada cinco raparigas do liceu já foi ap~gredida pelo parceiro. Em Nova Yorque foi até criado um tribunal especial para julgar casos de violência entre namorados adolescentes. (Público, 25.11.06)
Brasil. O assalto a turistas, muitas vezes logo no aeroporto (na semana passada foram 18 ingleses) levou as autoridades do Rio de Janeiro a sugerirem às agências de viagens que pedissem escolta para os grupos de turistas.
Portugal. Não somos os melhores do mundo, nem os piores. Somos o que somos e temos os problemas que temos. É lógico, e pleonástico, e verdadeiro. Mas nem sempre levamos isso a sério. Demasiadas vezes limitamo-nos a olhar para o que não somos, sobre tudo para o que não somos em comparação com outros melhores mas só naquilo em que eles são melhores. Isso pode servir de estímulo, sim, mas apenas se não nos limitarmos a um olhar deprimente. De qualquer modo, é sempre a partir daquilo que somos que podemos chegar ao que não somos.

28 November 2006

 

O poder do Voluntariado

«Beja, a mais pobre diocese do país, conseguiu, com uma equipa de voluntários, preservar e divulgar o seu valioso património cultural e criar uma rede museológica única no país, que lhe valei o reconhecimento da União Europeia.» Expresso/Actual, 25.11.06.
Não é necessário mais nada, pois não?, para percebermos até onde vai o desperdício daquilo que não utilizamos. Ou seja, do que poderíamos fazer se... bem, se fôssemos capazes de pensar de outro modo.

Mas vale também a pena ver a metodologia que garante trabalho de sucesso. Trabalhar com as pessoas e obter êxitos em sociedade não é a mesma coisa que trabalhar com pedras ou tijolos. Infelizmente há demasiadas pessoas que ainda não se deram conta disso.

 

Vietnames

Na minha ausência deste sítio, houve eleições nos Estados Unidos e Bush foi derrotado. Como se previa. Rumsfeld foi o primeiro a a cair em combate político, depois de muitos terem já caído no combate militar.
Hoje é evidente que os Estados Unidos estão derrotados no Iraque, donde ninguém parece ter encontrado sequer uma porta de saída. Como foram derrotados no Afganistão antes de darem lugar às forças da NATO, que estão igualmente a serem derrotadas no terreno, a ponto de a própria NATO se poder desagregar por falta de capacidade para exercer funções úteis.
A que propósito vem isto aqui? Pela simples razão de que o que está a acontecer lá, vai ter profundas consequências aqui. Ninguém sabe é quais serão.
Mas a derrota do Ocidente, a humilhação das potências ocidentais, reais como os EUA ou virtuais como a Europa, não deixará de produzir um profundo impacto no estado do mundo. Teremos alguma dúvida de que a barbárie fundamentalista sairá reforçada? E que um Ocidente de valores moles vai ver-se em grande dificuldade para lidar consigo mesmo, quanto mais com as forças que sobre ele se vão exercer?
E justamente num tempo que se prevê dificílimo: esgotamento das principais fontes energéticas em uso; aquecimento global com alterações climáticas previstas mas imprevisíveis no seu formato; emergência de novas economias (China e Índia, Rússia e mercosul...) levando a uma alteração profunda da estrutura dos mercados, das correlações de poder; crises agudas dos sistemas de segurança social; reforço continuado do terrorismo fundamentalista e das máfias do crime organizado; etc. E é justamente neste tempo de dificuldades maiores que mais se perdem os centros de poder e as referências que nos poderiam organizar uma boa resposta.

 

Lei? Qual lei?

Há tempos foi publicada uma lei com novas exigências para os transportes de crianças. Foi então dado algum tempo para que as empresas se preparassem... até a lei entrar em vigor. Agora entrou em vigor. Estava alguém preparado? Ah, mas a lei era para cumprir? Não pode!

 

Doutor Ramalho Eanes

Em terra de cegos quem tem olho é rei?
O general Ramalho Eanes tem assegurado um lugar na História de Portugal. Além disso, é uma referência, não indiscutível (coisa que não existe entre os mortais) mas segura. E tem o seu futuro assegurado por ter ocupado o mais alto cargo da República. Que necessidade rtinha, pois, de fazer uma tese de doutoramento e de se submeter a um exame perante um júri universitário? Nehuma.
Mas a vida é mesmo assim, neste país pequenino.
Alguns, poucos, têm sede de saber e investem no conhecimento, muito para além do que precisam ou até do que parece ser bom senso. Outros, que precisam, que deviam, que têm necessidade de aprender, exercem uma incultura militante e mostram à saciedade que... sabem tudo.

 

Zahara nº 8

Já está à venda mais um número de Zahara, a revista de História Local que vem sendo publicada pelo Centro de Estudos de História Local, da Palha de Abtantes. Os 150 anos do Montepio Abrantino, profissões populares, aspectos vários dos concelhos de Gavião, Mação, Sardoal e Constância... e um aviso: vêm aí os 200 anos das invasões francesas, em 2007. São 128 páginas de História desta zona. Segundo o director, José Gaspar, «não tem havido falta de materiais de publicação» e «a revista é já uma referência na zona» a que diz respeito.

 

Futebol de Parede

Segundo o "O Borrachinha" (Set., Out., Nov.), na escola do Rossio está em construção um «campo de futebol de parede». As informações sobre o jogo não são muitas, mas há algumas: «Neste jogo, utiliza-se um dado para atirar ao chão. As balizas e o relvado são feitos na parede do alpendre maior que temos na escola.» Por esta altura, já deve estar pronto.

 

Campo de Berlindes

«Na escola do Rossio ao Sul do Tejo, os alunos da escola estiveram a mudar o campo de berlindes. O campo, antes, era lá à frente da escola, mas podia haver algum problema e ninguém saber de nada. Então, na sexta-feira, dia 13 de Outubro, mudaram o campo, para a parte de trás da escola. Os alunos tiveram que estar a tirar as pedras todas e a alisar o campo para, depois, fazerem as covas.
«Nós adorámos ver os nossos colegas a fazerem o campo.»in "O Borrachinha", Setembro, Outubro e Novembro [2006]
Texto Ana Sofia trabalhado com Mariana Mendes (Turma D)

 

Megajornal

A imprensa local agita-se. Acaba de ser lançado um megajornal que, sem dúvida, vai dar muito que falar. Com um corpo redatorial de cerca de 700 jornalistas - sim, exactamente, setecentos jornalistas. É "O Borrachinha", o jornal do Núcleo escolar de Rossio ao Sul do Tejo. Com o seu potentíssimo corpo de jornalistas, vai estar atento a aspectos da vida que os jornais "mais velhos" não conseguem cobrir. Querem um exemplo?

 

Dois blogues

Um blogue é um instrumento. como tal, ele vale o que com ele fizerem. E ainda vale pelo tipo de pessoas que o podem usar.
Vem isto a propósito de dois blogues "obrigatórios", porque espelham o universo infantil vivido em escolas do primeiro ciclo. Sim, também no "nosso" primeiro ciclo temos autores que chegam à Internet. Vamos lá vê-los:
http://osgafanhotos.blogspot.com
http://escoladorossio.blogspot.com
E deixem um comentário, que é sempre uma alegria para aqueles ilustres autores.

 

Festival do Imaginário

Há dez anos. Foi em Novembro. Em 1996 (8 a 17). Depois em 1999 (19 a 28). Foram duas edições históricas. A terceira, já em adiantada fase de crescimento, foi abortada.
Registe-se a memória. E aproveite-se para fazer o balanço destes 10 anos. Se ainda há quem pense em balanços. Ou seja, em olhar para o futuro.

PS - Nota em tempo tecnológico: ao que se sabe, a primeira página de Abrantes na web foi do primeiro Festival do Imaginário.

 

Semana da Educação 5

Continuo a dizer:
Não temos escolas melhores porque nós não queremos.
Já fomos à Lua e voltámos, e preparamo-nos para ir a Marte. Já mostrámos que é fácil pegar num clube de insucesso e levá-lo à vitória segura. Já sabemos que é possível pegar numa ideia e torná-la marca internacional de referência.
Temos de afirmar, sem receios, que a Educação não é diferente: é possível construir uma escola capaz de fazer aquilo que dela se espera. Basta nós querermos, porque o saber necessário está todo aí.
Então porque é que isso não acontece?
Porque, antes de mais, não existe esse NÓS que é sujeito do verbo querer.
A escola não existe. Existem, sim, lugares chamados escolas, onde professores dão aulas e onde alunos vão às aulas. Mas isso, já o sabemos, não produz resultados.
Para que haja esses NÓS que falta é necessário que haja aquilo que falta, um força capaz de transformar um conjunto de pessoas numa equipa eficaz.
E a prova é que sempre que isso acontece, a escolha melhor surge como que por encanto, ou melhor, para encanto dos que nela trabalham, nela aprendem e nela de fora confiam. Basta olhar à volta.

 

Semana da Educação 4

Continuo sem perceber como é que se pode falar tanto em escola e educação e não abordar aquele que me parece ser o tema principal, a saber:
A nossa escola faz bem aquilo para que está desenhada, ou seja, o sucesso dos filhos das famílias escolarizadas, ricas, urbanas e brancas. Tanto a experiência vivida como a análise estatística confirmam isto mesmo, por mais voltas que se dê. Contudo, pede-se-lhe que faça aquilo que ela não está desenhada para fazer, a saber, que promova também o sucesso (escolar e social) dos filhos das famílias não ou pouco escolarizadas, pobres ou mesmo em exclusão social, rurais e pouco ou nada “brancos”. Enquanto não nos dermos conta deste paradoxo, não deixamos de andar em círculos à procura de um culpado que, é evidente, não existe nem pode existir.

 

Semana da Educação 3

Da Semana da Educação, restam, do meu ponto de vista, algumas pegadas que se espera não sejam apagadas pelo tempo:
a afirmação, pela Câmara, de que a Educação vai estar na primeira linha das suas prioridades;
a afirmação pública de que vai ser revitalizado o Conselho Local de Educação e, antes, remodelado de modo a poder cumprir alguma função (aliás, algum dos seus elementos passou, sequer, pela Semana da Educação?);
a declaração, pelos directores de agrupamento e de escolas secundárias presentes de que querem trabalhar em comum entre si e com os parceiros de modo a melhorar a sua prestação e a caminhar para um “projecto educativo concelhio”.

 

Semana da Educação 2

Quero aqui destacar dois momentos.
Primeiro, a apresentação pública, em Abrantes, dos Arrefinfa na Bilha. Trata-se de um novíssimo grupo musical de percussão, nascido e criado na Escola do Rossio ao Sul do Tejo. À sua frente, o professor Américo, que mais uma vez nos mostra que nunca há falta de condições, o que falta é homens e mulheres acima das condições. Permito-me sugerir uma espreitadela ao blogue da escola; escoladororrio.blogspot.com.
O segundo momento foi a notável prestação de Lurdes Batista, directora (?) do Agrupamento de Escolas Abrantes Oeste e anterior directora da Escola do Alto de Sto. António. E digo notável por duas razões, ambas consideráveis: pela lucidez com que mostrou estar na educação e pela coragem de assumir problemas e dúvidas próprias e de pedir responsabilidades aos parceiros. Não admira, por isso, que daquela escola e daquele agrupamento tenham saído coisas que fazem história.

 

Semana da Educação 1

Passou despercebida a semana da Educação? Mas como é que é possível, se a educação é um dos principais problemas da sociedade portuguesa e, portanto, da comunidade abrantina? Mau sinal, muito mau.

 

Peço desculpa

... aos meus leitores. Há bem mais de um mês que estou retirado desta praça. Aceito (e agradeço) os toques que me deram a reclamar da minha ausência. Mas a verdade, repito-o, é que as minhas prioridades não passam por aqui. Para o melhor e para o pior, tenho outras responsabilidades que me cumpre respeitar primeiro. E, depois, já não sobra.

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