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29 September 2006

 

Esta é brinde

Lá como cá...
http://www.youtube.com/watch?v=DQRVFILbEi4&eurl

28 September 2006

 

D. António Marcelino

Foi meu professor de Economia Política, nos anos 70. Era, então, o braço direito de D. Agostinho de Moura, bispo de Portalegre e Castelo Branco, e era evidente para todos que em breve seria ele próprio bispo. E foi, primeiro como auxiliar de Lisboa e, depois, até agora, como Bispo de Aveiro. Agora, está prestes a ser substituído.
Foi um homem que fez História. E, seguramente, continuará a fazer. Não tenho qualquer dúvida: com ele, o mundo ficou um pouco melhor. Ou muito melhor em alguns dos seus recantos.
Obrigado.

27 September 2006

 

Projecto Mais

Aqueles jovens olímpicos em Matemática frequentaram na Universidade de Coimbra o projecto Delfos que desde 2001 se dedica a jovens com potencialidades maiores naquela disciplina. A Susana frequentou a Escola do Orfeão de Abrantes.
Quando eu for grande, hei-de criar um projecto, em Abrantes, dedicado aos jovens que mostrem potencialidades para ir mais além do que as suas condições normais lhes permitem. E quando digo potencialidades estou a referir-me a…
capacidades pessoais + bagagem adquirida + determinação efectiva.
Pois se as pessoas são o resultado das oportunidades que tiveram… É uma pena, ou um crime?, que não saibamos reunir as condições necessárias para as pessoas, mas sobretudo os jovens, poderm ir mais longe.

 

Susana

A Susana é uma jovem abrantina que se apaixonou pela guitarra clássica na Escola de Música do Orfeão de Abrantes. Até que decidiu que queria ir para o Conservatório estudar música.
No ano passado, frequentava o 10º ano, frequentava as aulas de guitarra, jogava futebol de salão e… treinava guitarra clássica quatro – 4 – horas por dia.
Foi prestar provas. Conseguiu entrar no Conservatório, como queria.
No Verão, treinava dez – 10 – horas por dia.
Para onde quer que vás, já lá estás.
Parabéns.

 

Matemática

Quatro – 4 – jovens portugueses têm estado no Equador a disputer as Olimpíadas Ibero-Americanas, num ano de glória para a participação portuguesa nesta modalidade de desporto cerebral. Mais uma vez constatamos que os nossos jovens não são todos anlafabetos em Matemática.
Registe-se, porque é significativo, que durante as férias trabalhavam na Matemática 8 horas por dia, na Universidade de Coimbra, num estágio intensivo de preparação para este “campeonato”.

 

Lula & Cia

O PT era a esperança dos pobres e deserdados do Brasil. Chegou ao poder por via democrática. No poder, tem marcadoa sua actuação, entre outras coisas, por sucessivos escândalos, daqueles que pesam toneladas.
Mas não era à esquerda que estava a superioridade moral e à direita a falta de escrúpulos.
O pior é que vai continuar a haver quem insista em que eles são corruptos e hipócritas, enquanto nós é que somos puros e bons. E pior ainda que isso é que vai haver quem acredite.

 

Iraque

Peço desculpa de insistir. Mas leio nos jornais:
Segundo relatório da ONU, «Tortura no Iraque "pior que nos tempos de Saddam Hussein"» Público, 22.9.06

 

Filosofia ao vento

Li nos jornais que a Filosofia vai deixar de ser disciplina de acesso ao ensino superior.
Recirdo aqui que, na minha escola, cheguei a leccionar Filosofia a 3 turmas do 12º ano.
De então para cá... Há anos que não há nenhuma. mas ainda havia na Escola Solano de Abreu. Agora...
Este estrondoso resultado deve-se, em primeiro lugar, aos próprios professores de Filosofia.
Quando foi criado o então novo programa do 12º ano, tive oportunidade de prever a um dos seus autores, o Prof. Cerqueira Gonçalves, que era isto mesmo que iria acontecer. É claro que me respondeu que não, que garantiu que assim era muito melhor, que previu uma melhoria na situação. Infelizmente, não teve razão.
Também o sprofessores de Filosofia no secundário têm levado a disciplina ao desprestígio. Não interessa aqui dizer como, mas é um facto.
Os resultados estão agora prontos a ser colhidos. Tanto ao nível das faculdades, que temem deixar de ter alunos, como ao nível do secundário, onde há cada vez menos lugares para professores.
Pois... é assim. "Conforme fizeres, assim acharás", diz o ditado, embora noutro sentido. E eu várias vezes tenhi escrito e muitas mais tenho dito: para onde quer que vás, já lá estás. Porque os resultados nunca vêm só no fim; eles começas a ser construídos logo no início do percurso. Isto devia parecer simples e evidente, mas é recebido como se se tratasse de ocultismo. Mas só é oculto para quem não quer ver. Há muito que os cientistas nos explicam, sem sucesso, que o efeito é resultado das suas causas.
(Muitos dos nossos problemas resultam de não cuidarmos das consequências das nossas opções.)

 

Avaliação das escolas

O PSD propôs a criação de uma agência independente para avaliação das escolas.
Mais, propô-la a funcionar a partir dos deputados, ainda que com peritos.
Ora acontece que nunca vimos os deputados a serem capazes de fazer uma avaliação a sério. Os seus relatórios são peças de luta partidária a nada mais do que isso. Se querem avaliar seja o que for, têm, primeiro, que ganhar credibilidade. Que não têm.
Além disso, embora o espírito esteja correcto, seria criar mais um pesado encargo num momento em que precisamos é de conter a despesa. Apesar de, certamente, ser um investimento com retorno na qualidade da escola.
Já aqui propus uma solução que não é cara e começaria a dar frutos imediatos.
1 - Altere-se a natureza e composição do Conselho Local de Educação, de modo a poder ter algum significado e alguma utilidade;
2 - Obrigue-se a escola, cada escola, a elaborar projecto de actividades e relatório de actividades, e a a) publicá-los na sua página na Internet, para ficar acessível; b) apresentá-los e defendê-los no Conselho Local de Educação e em sessão pública na Comissão de Educação da Assembleia Municipal respectiva, que seria obrigatória.
Querem apostar que a educação em Portugal daria um salto?

 

A diferença

Ainda no mesmo colégio, já esta semana. «Este ano fiquei com três turmas do 5º ano. Uma delas é de crianças que estão connosco desde o pré-primário, as outras vêm de fora. As nossas crianças já querem fazer projectos sobre Fernando Pessoa e outros do mesmo género. Com as outras turmas é difícil fazer o que quer que seja. Há dias estive uma aula inteira para colocarem 10 palavras por ordem alfabética.» (Cito de memória, não posso garantir mais fidelidade que a do sentido geral.)
E aquela professora lamentava o facto de as outras turmas virem assim, mas não podia fazer nada mais.
Nota 1: é um colégio particular, mas os alunos frequentam-no gratuitamente porque têm um acordo com o Ministério da Educação que lhes permite oferecer um ensino gratuito, mas só às turmas autorizadas.
Nota 1: não dou mais explicações (que me pedi e me foram dadas) sobre os êxitos do colégio, porque não me iriam aceitar.

 

A escola, a qualidade

Esse colégio, D. José I, em Aveiro, fica numa freguesia carenciada e na sua área de cobertura há mesmo um bairro social cheio de problemas. Mas o colégio é um primor de ordem e asseio. Dei os parabéns aos responsáveis. E notei que tinham aluno s problemáticos, como ciganos e filhos desse bairro social. Mas disseram-me que esses alunos não causavam grandes problemas. Mas porquê? como?, perguntei. Responderam-me com simplicade:
- Porque andanos muito em cima deles. Eles sabem que se fizerem asneira, antes do fim do dia já estamos em contacto com os pais.
Para bom entendedor, meia palavra basta.

 

O imaginário, a técnica

Pedi aos meus alunos deste ano que me escrevessem um texto sobre "o que quero ser quando for grande" (com um tema alternativo para quem quisesse preservar a sua privacidade). E, ao apreciar as respostas, dei-me conta de algo que me parece interessante.
O top das preferências dos meus alunos está nas profissões de cuidar das pessoas (medicina à cabeça, enfermagem, professor ou educador de infância) seguido das profissões que tratam do ambiente ou dos animais. Ao contrário do que tantas vezes se diz, vejo os meus alunos com sensibilidade e com generosidade, embora não se rejam pelos mesmos padrões dos mais velhos. En terceiro lugar, as profissões da ordem pública, desde polícias a investigadores criminais e outros que tais.
Mas o que mais me impressionou foi a quase total ausência de um imaginário técnico. São alunos de ciências, do curso que dá acesso às tecnologias, às engenharias e a outras que tais. Ainda aparece a informática... mas nada mais.
O imaginário dos nossos jovens está, ao que parece, recheado de valores humanistas, mas vazio (ou quase) de valores técnicos. No entanto, não haverá sociedade humana, muito menos humanista, se não houver uma consolidação técnica.
Acontece que, por mera coincidência, no fim-de-semana em que estive a fazer estas análise vi, não sei já onde, uma imagem, salvo erro de França, onde um grupo de adolescentes produzia foguetes (foguetões em miniatura) numa bancada escolar.
Enquanto lá fora se induz a técnica no imaginário dos mais novos, por cá, apesar da grande carência de técnicos, desleixamo-nos nesse trabalho e prefrimos lamentar a sua falta na sociedade ou nas inscrições nos respectivos cursos do ensino superior.
Acontece, também que há pouco estive num colégio, em Aveiro, que lecciona até ao 9º ano, mas que isso não impede de ter uma equipa de ronótica, que já ganhou um primeiro prémio em Portugal e foi representar o país no Japão.
Sim, nós temos potencialidades, é claro. O que nos falta é trabalho.

 

Fazer

Neste início de ano lectivo, com a Vida já em marcha, deixo o que pode ser um lema para a viagem, que vou buscar a Geraldo Vandré:
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

21 September 2006

 

ESTA

As colocações no ensino superior vieram, mais uma vez, dizer que o futuro da ESTA não está garantido. Se queremos a escola e que ela permaneça entre nós, a primeira condição é que ela tenha alunos.
E nestas coisas não há milagres. Há resultados.

 

A viagem

Iniciar um ano lectivo é iniciar uma viagem. Agora, as pessoas encontraram-se, conheceram-se, criou-se um clima e vivemos todos a excitação alegre da partida. "Vai ser bom", deverá ser a nota dominante.
No meu caso, foi isso que experimentei e pareceu-me que foi isso que os meus alunos também sentiram. Até porque, embora as regras tenham sido claras e firmes, não foram apresentadas nem sentidas como negativas. Foram mais no sentido de que a aula é um local de apresendizagem pelo que não há razões para ter medo de errar, mas sendo um local de trabalho há que levá-lo a sério na procura dos objectivos que todos queremos, viver melhor, já hoje e também amanhã.
Mas basta iniciarmos os trabalhos para percebermos que há alguns dispostos a investir na caminhada, enquanto logo se sentam à beira do caminho em todas as oportunidades. A rotina dos dias vai tornar estas diferenças ainda mais evidentes.
A pergunta que me coloco é sobre o que posso eu fazer para não deixar descolar aqueles que parecem ter alinhado já cansados, que posso fazer para os manter na viagem.
Os mais ligeiros a seguir em frente não precisarão muito de mim, mas os outros não conseguem caminhar só por si. Mas também não posso, nem quero, substituí-los. Qual é a justa medida?
Francamente, não sei. Por isso, para mim, ser professor tem de ser estar à procura.

 

Rui Lopes

Rui Lopes pode ser espreitado na sua página digital em
http://www.mundo.iol.pt/ruimoreiralopes/artes/

20 September 2006

 

150 anos

Na linha de partida estão, também, certamente, as comemorações dos 150 anos do Montepio Abrantino Soares Mendes, este mês, em Abrantes.
Não é todos os dias que uma instituição de carácter associativo faz 150 anos, não é verdade?

 

A Leitura

Devem estar a ser divulgados os planos de proximidade no domínio do projecto ou campanha de desenvolvimento da leitura. Não há campanha local que não tenha a sua expressão local. E não há desenvolvimento local que ignore as dinâmicas globais.
Devem, por isso, depois de terem sido preparados nos últimos meses, estarem prontos a ser lançados os projectos locais.
Só pode, não é?
Estamos à espera do tiro, na linha de partida.

 

Novo ano escolar

Recomeçaram as aulas. Já tive o primeiro contacto com os meus alunos e eles comigo. Creio que correu bem. A primeira aula, sendo muito importante, também é fácil. Pelo menos para mim.
O difícil é correrem bem as aulas dos dias comuns e sem história especial. Dar qualidade e sucesso à vida corrente é que é o mais decisivo. E o mais problemático. Vamos ter um ano inteiro para disputarmos esta luta permanente contra o nada, que é o mesmo que a falta de resultados.
Mas é indispensável desejarmo-nos, com empenho
Bom ano!

 

Para onde?

No fundo, a pergunta mais importante é:
Para onde se dirige o mundo muçulmano?

NB: Eu não digo “os muçulmanos”, mas “o mundo muçulmano”.

 

O papa

Não sei se o papa previa ou não que o seu discurso iria ser o tal bater de asas de uma borboleta a levantar uma tempestade muçulmana.
O que sei é que não vale de muito apelar à razão, porque é a mesma razão que está a ser posta de lado por quem se indigna em vez de pensar.
É que pensar é perigoso. Há muito que o sabemos. E os ditadores e populistas também.

 

As ruas

São minhas, as ruas. Todas. De posse e usufruto.
Minhas e de todos. Por isso se dizem públicas.
Porque são minhas, ninguém deve poder roubar-me – sem autorização e cuidado – aquilo que é meu.
Mas não é isso que se passa.
Com alguma frequência chego junto ao edifício Carneiro e mandam-me voltar para trás, quando deviam ter-me dito antes de iniciar a subida na Ferraria.
Na Rua Grande estiveram até há pouco dois enormes buracos a destruírem lentamente o meu carro de cada vez que eu ali passava.
Na rua da Câmara andam há séculos umas obras que nos impedem de passar pela nossa rua durante um tempo que não é possível considerarmos justificado. Já aqui falei de uma empresa que anda aí a fazer as coisas de modo menos que aceitável. Estas obras fazem parecer boa aquela empresa.

 

Duarte Ferreira

Aproxima-se o fim do ano de celebração – justa – da memória de Eduardo Duarte Ferreira.
Mas falta ainda reconhecer que o desenvolvimento da sua indústria, ou do seu “império”, significou a morte, a frio, de milhares de pequenos artesãos por todo o país. Celebrar a sua vitória é também celebrar aquelas mortes.
Digo-o não para apoucar a obra de Duarte Ferreira, mas para recordar o que muitas vezes fazemos por esquecer, que os ganhos não podem separar-se das perdas.

 

O desenvolvimento local

Sim, há um problema de desenvolvimento local. E se a escola não é a solução, qual é?
Ora aí está um problema melhor colocado.
Mas para ele não temos resposta, não é?
Pois bem, reconhecer que não temos resposta é o primeiro passo para a procurarmos. Se quisermos.
Mas parece que não queremos.

 

O fecho das escolas

Continua a saga das reclamações indignadas pelo fecho das escolas. Sem nos termos dado conta de que o próprio fecho de uma escola (por falta de alunos) é a demonstração de que uma escola não resolve o problema do desenvolvimento local.
Querer manter essas escolas abertas é iludir o problema do desenvolvimento à custa das crianças.

11 September 2006

 

Dar conta

O deputado Irineu Colombo escreveu-me um mail dando-me conta dos projectos por que trabalhou e dos resultados alcançados, bem como daqueles por que pretende lutar na próxima legislatura. Dá-me também o endereço electrónico da sua página na Internet (www.portalcolombo.org) para eu completar a minha informação.
Finalmente, indica-me o código para eu poder votar nele: Colombo1310.
Não percebeu alguma coisa? Talvez fica a perceber melhor se eu lhe disser que Irineu Colombo é deputado federal no Brasil, onde as votações são assim: as pessoas votam por um código como aquele.
Não conheço Irineu Colombo, nem o Estado por que ele é eleito. Nem imagino como o seu mail veio ter a mim. Mas agradeço-lhe a pergunta que me ficou: que têm andado a fazer os nossos deputados? Os deputados do nosso distrito, em especial aqueles em quem eu votei.

 

E não se pode desligá-la?

Foi inaugurada a iluminação do lago de S. Lourenço, em Abrantes.
Um trabalho de destruição daquilo que, de qualidade, estava feito. Um exemplo de como basta um ano para destruir aquilo que se construiu.
O nova iluminação não continua, antes contradiz, o espírito do lugar, que tinha sido criado pela iluminação até agora instalada. Era um lugar de penumbra nocturna, pontuada por luzes amarelas que não destruíam a noite mas lhe davam visibilidade e a dotavam de um desenho entre o mistério, a intimidade e a nostalgia. Por cima, o restaurante afirmava-se como abrigo sem destruir a paisagem. Era bonito de ver, por exemplo do dique que cria o lago.
A nova iluminação mata o ambiente criado, com luzes brancas cria um ambiente de falso dia. Que diferença há entre a iluminação ali e na cidade? Fez-se ali uma praça de cidade, em vez de um parque urbano dotado de poesia.
Ao fazê-lo, tornou impossível ver o já construído, que ali ainda está mas agora é invisível. E, pior ainda, os poderosos holofotes agridem fortemente os olhos de alguém que se coloque sobre o dique. Aquele que era um ponto de descanso e poesia é agora um lugar de agressão e… fuga.
Pode alguém pensar que assim se ilumina o caminho à volta do lago, mas não é verdade: com aquela luz, nem é possível ver onde se põe os pés, nem é agradável passear sob a agressão dos holofotes.
Junto à cascata foram colocados dois holofotes cuja única função eficaz é destruir algum equilíbrio natural naquele espaço da paisagem, pela construção de dois mamarrachos completamente desajustados.
No topo do lago, já tinham colocado dois candeeiros com lâmpadas brancas a ferir o olhar de quem olhava do dique. Foram trocadas por lâmpadas amarelas, com um efeito que é feito mas não é tão agressivo. Significa que alguém corrigiou o primeiro passo da obra. Torna-se necessário, agora, corrigir a própria obra.
Não se pode desligá-la?
E explicar que diabo se terá passado para que este acontecimento bárbaro tenha sido possível.

 

11 de Setembro

No 11 de Setembro, os americanos colheram a solidariedade de quase todo o mundo, incluindo do mundo árabe.
Depois, Bush e a maioria dos americanos foram enterrar, essa solidariedade no Iraque, sobretudo a do mundo árabe.

 

11 de Setembro

E, no entanto, podemos dizer que
nada de novo
aconteceu.
O que se passou no WTC
repetiu o que se passou
nas cruzadas, nos campos de concentração,
em, Desden, em Guantanamo,
em… tantos outros lugares.
Desta vez mudou, não o mundo,
mas o nosso olhar sobre o mundo,
e em especial o olhar americano.
Nós demo-nos conta de que isto
ainda pode acontecer hoje, e amanhã,
apesar de pensarmos que já não
e que podemos ser nós as vítimas,
apesar de pensarmos que não.
Os americanos perceberam ainda
Que também podem ser vítimas,
Porque não são inatacáveis,
e que a opinião de outros sobre eles
não coincidem sempre
com a opinião que eles têm de si mesmos.

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